50 Exemplos de
Orações subordinadas

As orações subordinadas são aquelas que estabelecem uma relação de dependência estrutural em relação à oração principal e que não têm autonomia sintática. Por exemplo:

  • A camisa [que você me deu] ficou pequena.
    Oração principal: A camisa ficou pequena
    Núcleo do predicado da oração principal: pequena
    Oração subordinada: que você me deu
    Núcleo do predicado da oração subordinada: deu

As orações subordinadas são orações compostas, ou seja, têm duas partes: uma oração principal, de hierarquia superior, e a oração secundária, de hierarquia inferior, que é dependente da oração principal, cada uma com seu núcleo correspondente. Esses tipos de orações geralmente são introduzidas com diferentes conectores. Além disso, podem aparecer tanto no sujeito quanto no predicado. Por exemplo:

  • [A casa que visitamos ontem] [desmoronou com a chuva].
    Sujeito: A casa que visitamos ontem
    Núcleo do predicado da oração principal: visitamos
    Predicado: desmoronou com a chuva
    Núcleo do predicado: desmoronou
  • [Mariana] jamais imaginou [que as coisas terminariam assim].
    Sujeito: Mariana
    Predicado: jamais imaginou que as coisas terminariam assim.
    Núcleo do predicado da oração principal: imaginou
    Núcleo do predicado da oração subordinada: terminariam

Dependendo da sua função sintática que realiza, as orações subordinadas são classificadas como substantivas, adjetivas e adverbiais.

Exemplos de período composto por subordinação

  1. O filme que você recomendou é muito bom.
  2. O vizinho que conhecemos ontem não é amigável.
  3. Jogaram fora as cadeiras que estavam quebradas.
  4. Os atores que haviam ensaiado o dia todo saíram para se despedir.
  5. João, que é meu carpinteiro, construiu essa peça de mobília.
  6. Não comece a cozinhar se não tiver todos os ingredientes.
  7. Estou indo porque parece ser a coisa certa a fazer.
  8. Tenho dúvidas se entendi.
  9. O regador que você me emprestou está quebrado.
  10. Arrumei a mesa como você me disse.
  11. Você deve ir mesmo que esteja com sono.
  12. As janelas que estavam na frente da casa foram consertadas.
  13. Fico feliz que você tenha se decidido.
  14. Os pratos são servidos por aqueles que cozinharam.
  15. Ele deixou claro que era preferível não confirmar nada.
  16. Em uma rua do centro, cujo nome não me lembro, há um belo café.
  17. As crianças que foram reprovadas fizeram seus exames novamente hoje.
  18. A manhã, na qual fiquei estudando, foi muito produtiva.
  19. Raimundo, que é meu amigo, regará as plantas enquanto eu estiver fora.
  20. Meu professor sabe que não estudamos o suficiente para essa prova.
  21. Os guarda-chuvas que estavam abertos foram levados pelo vento.
  22. O vilarejo onde nasci cresceu muito nos últimos anos.
  23. A carteira está onde eu lhe disse.
  24. Meu carro, que é muito velho, estragou.
  25. Os romances que me foram sugeridos na aula não me agradam.
  1. A casa que vou comprar é linda.
  2. Meu irmão que mora nos Estados Unidos virá me visitar na próxima semana.
  3. Graças a ela, descobrimos que eles serão pais.
  4. Ninguém sabe o que aquele homem faz para viver.
  5. O livro que ele escreveu antes de morrer é um best-seller.
  6. Gosto da ideia de irmos juntos à praia.
  7. Quero que você me acompanhe a todos os lugares.
  8. Não sei quando essa provação vai terminar.
  9. Farei o trabalho doméstico se não tiver outra opção.
  10. A criança se comporta do jeito que quer se comportar.
  11. Ela está cansada do fato de tudo ser tão complicado.
  12. O homem tem certeza de que viu seu irmão lá.
  13. É uma pena que as coisas não tenham saído como eles esperavam.
  14. A operação que a polícia montou foi um sucesso.
  15. Os jogadores, cujos passes não estiverem regularizados, não poderão entrar no time.
  16. Deus ajuda quem cedo madruga.
  17. A cidade onde nasci é muito bonita.
  18. Este é o rapaz de quem tanto lhe falei.
  19. O homem disse que voltaria logo.
  20. Às vezes, falo sem pensar no que estou falando.
  21. A garota perguntou se ainda faltava muito para chegar.
  22. Eu me acostumei a receber o café na cama todas as manhãs.
  23. Esse homem, que é muito inteligente, nos livrará de problemas.
  24. A festa começou depois que todos os convidados chegaram.
  25. Voltaremos pelo caminho que viemos.

Tipos de orações subordinadas

Orações subordinadas substantivas

Desempenham as mesmas funções que os sintagmas nominais ou substantivos em orações simples e podem ser substituídos por substantivos ou pronomes, como esse, aquilo, isso. Por exemplo: Quero [que você me ouça]./Quero isso.

As orações subordinadas substantivas podem ser introduzidas por um verbo no infinitivo (orações reduzidas de infinitivo) ou pelas conjunções integrantes, que geralmente são o que e o se. Se for uma interrogação indireta, a oração subordinada se une à principal por meio de um pronome ou advérbio interrogativo que pode ser que, quando, quanto, como, qual, onde, entre outros. Por exemplo: Pergunto-me [quando virá].

Para considerar: Somente as orações subordinadas reduzidas de infinitivo podem ser orações substantivas. Por exemplo: A melhor alternativa era [parar].

As subordinadas substantivas podem desempenhar as seguintes funções sintáticas dentro da oração principal:

  • Sujeito (oração subordinada substantiva subjetiva). Por exemplo: É imprescindível [que você assine o contrato].
  • Objeto direto (oração subordinada substantiva objetiva direta). Por exemplo: Clarice não sabe [se aceitará o emprego].
  • Objeto indireto (oração subordinada substantiva objetiva indireta). Por exemplo: Lembrou-se [de procurar o testamento].
  • Complemento nominal (oração subordinada substantiva completiva nominal). Por exemplo: Ela tinha a certeza [de que foi enganada].
  • Aposto (oração subordinada substantiva apositiva). Por exemplo: Só quero uma coisa de você: [que seja sincero].
  • Predicativo do sujeito (oração subordinada substantiva predicativa). Por exemplo: Meu maior desejo é [que você se dê bem na vida].

Orações subordinadas adjetivas

As orações subordinadas adjetivas desempenham a mesma função sintática que os adjetivos em uma oração simples, ou seja, de adjunto adnominal, e seu antecedente é geralmente o substantivo que modificam, embora também possa ser também um pronome. Por exemplo: O jovem [que corria] era veloz./O jovem corredor era veloz.

Os conectivos que normalmente introduzem uma subordinada adjetiva são que, qual, quem, cujo. Por exemplo: Vou te dar tudo [que tenho].

Existem dois tipos de orações subordinadas adjetivas:

  • Subordinadas adjetivas explicativas. São sempre escritas entre vírgulas e expandem as informações sobre algo. Por exemplo: Os garotos, [que estavam de castigo], ficaram em casa. Nessa oração, é especificado que todos os meninos estavam de castigo. O aposto amplia a informação sobre os garotos, mas a oração não perde sentido se esta é eliminada.
  • Subordinadas adjetivas restritivas. Não são escritas entre vírgulas e restringem ou delimitam o significado do nome. Por exemplo: Os garotos [que estavam de castigo] ficaram em casa. Neste caso, se refere unicamente aos garotos que estavam de castigo. A subordinada determina quais foram os garotos que ficaram em casa, por isso, ao eliminá-la o sentido da oração é alterado.

Orações subordinadas adverbiais

As orações subordinadas adverbiais cumprem a mesma função sintática que os advérbios dentro de uma oração simples. Por exemplo: Deixei as chaves [onde você falou]./Deixei as chaves .

Os conectivos que são utilizados variam conforme o sentido que a subordinada tenha. Entre os mais usuais, se encontram quando, onde, como, para, porque, pois, logo, se.

As orações subordinadas adverbiais modificam o verbo e são classificadas como os adjuntos adverbiais da oração simples:

  • De tempo. Por exemplo: Fui [quando o médico me disse].
  • De lugar. Por exemplo: Eu o guardei [onde você me pediu].
  • De modo. Por exemplo: Eu estacionei o carro [como você me ensinou].
  • De finalidade. Por exemplo: Chamou-me [para que resolvesse seu problema].
  • De causa. Por exemplo: Estamos estudando [porque o professor é muito exigente].
  • De concessão. Por exemplo: Eu irei [mesmo que minha mãe não concorde].
  • De consequência. Por exemplo: Estamos muito cansados, [portanto, iremos dormir].
  • De condição. Por exemplo: Não apareça [se você não tiver todos os papéis].
  • De comparação. Por exemplo: Faremos tantos hambúrgueres [quanto você mandar].

Como identificar uma oração subordinada?

Para identificar uma oração subordinada, primeiro precisamos encontrar todos os verbos da frase. Para saber quais pertencem à oração principal e quais pertencem às subordinadas é importante localizar os conectores, pois são eles que introduzem a maioria das orações subordinadas.

Em seguida, devemos identificar a função sintática da oração subordinada:

  • Se for um sujeito, um objeto direto, um predicativo ou o termo de uma construção preposicional, trata-se de uma subordinação substantiva.
  • Se a subordinada estiver ligada a um substantivo antecedente e fornecer informações sobre ele ou delimitá-lo, trata-se de uma subordinação adjetiva.
  • Se a subordinada fornecer informações sobre o verbo e suas circunstâncias, trata-se de uma subordinação adverbial.

Referências

  • CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 7. ed. Rio de Janeiro: Lexikon Editora Digital, 2016.
  • BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
  • LIMA, Rocha. Gramática normativa da língua portuguesa. 49. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011.

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Killmann, Márcia. Orações subordinadas. Enciclopédia de Exemplos, 2023. Disponível em: https://www.ejemplos.co/br/oracoes-subordinadas/. Acesso em: 7 de outubro de 2024.

Sobre o autor

Autor: Márcia Killmann

Licenciatura em letras (UNISINOS, Brasil), Doutorado em Letras (Universidad Nacional del Sur).

Revisado por: Cristina Zambra

Licenciada em Letras: Português e Literaturas da Língua Portuguesa (UNIJUÍ).

Data de publicação: 29 de junho de 2023
Última edição: 15 de agosto de 2024

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